Literatura de Verão

Microtendências, livro muito interessante da autoria do maior guru em estratégia política nos Estados Unidos, Mark Penn. O autor identifica e interpreta 75 pequenas novas tendências que começam a ganhar adeptos na sociedade Americana e por consequência mais cedo ou mais tarde no restante mundo ocidental. Embora alguns casos retratados sejam muito específicos dos Estados Unidos. É muito mais do que um livro sobre política é um retrato da vertiginosa transformação da sociedade. A não perder.

No teu deserto, o mais recente trabalho de MST. Depois do Equador e do Rio das Flores confesso que fiquei um pouco desiludido com a dimensão do livro pois instintivamente esperava, embora uma história diferente, o mesmo registo. Assim algo desalentado ou talvez por isso mesmo cheguei até meio do livro sem me deixar envolver pela história. Mas à medida que o final se aproxima é impossível ficar indiferente e somos levados na corrente deste quase romance de uma forma arrebatadora. Uma frase que podia caracterizar muito fielmente o livro:
“A coisa mais difícil e mais bonita de partilhar entre duas pessoas é o silêncio”.

O Catalão, sétimo romance de Noah Gordon. História muito interessante de um pobre jovem agricultor na Catalunha do século XIX no auge das guerras carlistas. No entanto o autor por vezes agarra-se em demasiado a pormenores mais parecendo um relato jornalístico e não uma história. Não apenas, mas só pelo retrato histórico vale a pena ler.
Falar como Obama, livro de Shel Leane. A grande desilusão das minhas leituras de verão. Demasiado centrado em meia dúzia de discursos de Obama como forma de ilustração de simples técnicas de comunicação.