quarta-feira, 27 de maio de 2009

A farmácia, o comunicado e o yadayadayada…


O executivo da junta de freguesia e o seu presidente na mais recente comunicação aos Avintenses sobre a farmácia Saraiva revelaram uma vez mais e de uma forma muito clara o seu modus operandi e a enxurrada argumentativa tradicionalmente usada neste tipo de situações.

Sem fazer juízo de valor sobre este caso, vejamos a cartilha repetida vezes sem conta quando surge uma má notícia:

1 – A culpa não é da junta de freguesia, porque não é da sua responsabilidade yadayadayada, yadayadayada...

2 – A junta de freguesia fez tudo o que estava ao seu alcance para resolver a situação pois yadayadayada, yadayadayada…

3- O culpado por esta situação é a entidade X ou a pessoa Y porque agiu de má fé ou com segundas intenções ou porque yadayadayada, yadayadayada…

4- Ainda assim a junta de freguesia irá continuar a desenvolver todos os esforços para conseguir resolver o problema e yadayadayada, yadayadayada…

Deduzo que na Junta de Freguesia já exista um impresso com esta estrutura onde só está em branco a parte dos yadayadayada que é preenchida face à situação em concreto como já aconteceu para justificar:

a falta de um pavilhão desportivo, a falta de uma piscina, os buracos nas estradas, a falta de sinalização, os problemas nas acessibilidades, os problemas sociais, os problemas na festa da broa, o estado das margens do Douro e do Febros, ausência de uma política clara e conhecida por todos de apoio às colectividades, o desconhecimento dos limites da freguesia, os problemas do FCAvintes, o atraso nas obras da rua 5 de Outubro, etc, etc, etc…

Este discurso já muito enraizado e que já flui de uma forma inata revela tão somente uma incapacidade crónica em resolver os problemas. É sempre mais fácil culpar os outros…

Para este peditório os Avintenses já estão fartos de contribuir e nem mesmo umas aspirinas ajudam a ultrapassar esta sensação...

sábado, 23 de maio de 2009

Nessun Dorma...

Última actuação de Pavarotti em público,



simplesmente arrebatadora...

Choque de titãs…

Confesso que não acompanhei a entrevista nem sei a razão que originou este bate boca.

Mas quando se junta uma jornalista sem vergonha com uma vergonha de bastonário, seria de esperar...



Verdadeiramente lamentável...

Por outro lado a mais recente convulsão na Ordem dos Advogados ilustra muito bem como este país funciona:

O bastonário ameaçado com um abaixo-assinado com o objectivo de o destituir numa assembleia geral, algo que aparentemente não é possível nos estatutos da OA, anuncia que vai acabar com os Conselhos Distritais da Ordem pois serão eles que estão a promover a recolha de assinaturas.

Exemplo perfeito de democracia, respeito pelas instituições, legalidade e educação.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

quarta-feira, 20 de maio de 2009

domingo, 17 de maio de 2009

Mon devoir est de parler, je ne veux pas être complice…

Lopes da Mota foi designado para representante nacional no Eurojust por este governo por indicação do PGR, conforme a lei assim o determina.

Por inerência à função que exerce tem a seu cargo a articulação com as autoridades britânicas no caso freeport.

Sobre este caso já é público que:

1.Lopes da Mota inicialmente negou qualquer envolvimento directo ou indirecto em eventuais pressões para com os investigadores do caso;

2.Posteriormente Lopes da Mota reconheceu que tivera alguns contactos informais e de natureza privada com os investigadores mas não relacionados com o freeport;

3.Depois o inquérito realizado pela PGR sobre as alegadas pressões aparentemente confirmou a interferência de Lopes da Mota no caso pois este transmitiu aos investigadores que o PM via ministro da justiça teria ameaçado com “represálias caso o ps perca a maioria absoluta”, que aqueles estavam “sozinhos no processo” como também indicou a jurisprudência para o arquivamento do caso dado que o alegado crime já teria prescrito. Esta última sugestão foi testemunhada por um juiz de instrução;

4.No seguimento do inquérito, Lopes da Mota, confessa que terá usado indevidamente o nome do ministro da Justiça e do PM.

Perante estes factos:

O PGR aparentemente ainda não totalmente convencido ordena um processo disciplinar.

Cândida Almeida, superiora hierárquica dos investigadores do caso freeport, entende que Lopes da Mota é uma pessoa de bem e que desempenha um cargo internacional importante pelo que para já não se deve demitir.

Lopes da Mota considera que tem todas as condições para continuar no cargo.

O PM mesmo sabendo que um alto funcionário do Estado falou indevidamente em seu nome e do governo a que preside parece pouco preocupado e diz para espanto geral que cabe ao PGR uma tomada de decisão.

É inacreditável o ponto a que as coisas estão a chegar de uma forma tão descarada e obscena com total impunidade…

Por mim, « Mon devoir est de parler, je ne veux pas être complice..», nas palavras Émile Zola

Mas é também importante realçar e louvar a coragem dos investigadores do caso e do presidente do sindicato dos magistrados ao denunciarem esta situação que assim ainda dão alguma esperança a quem acredita e trabalha em prol da Justiça.

Sorglega...

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Abstenção, a outra face…

Os partidos e os políticos são em grande parte o reflexo da sociedade, para o bem o para mal.

Poucos parecem aceitar este facto, mas:

Não respeitamos as regras trânsito, a velocidade e o civismo nas estradas e quando somos multados para além de culpar o radar ou o mau humor do agente esperamos pacientemente a vinda do Papa para a amnistia…

Queixamo-nos do preço da tv cabo mas arranjamos uma box pirata para os canais codificados…

Vivemos sob o signo da cunha ou do favor do familiar, amigo ou conhecido do vizinho, mesmo que muitas vezes seguindo as regras seja mais rápido e económico…

Deixamos tudo para a última hora e depois protestamos porque os serviços não têm capacidade de resposta ou porque os outros só empatam quem quer trabalhar…

O importante é que o nosso clube ganhe independente se joga bem ou não ou ainda se o árbitro nos favoreceu, pois conseguimos sempre argumentar que fomos mais prejudicados do que outros…

A mesma lei ou proposta é aplaudida se for apresentada pelo nosso partido ou fortemente repudiada se vier dos outros…

A primeira reacção a uma lei é dizer que não funciona e rapidamente encontramos três maneiras de a contornar…

Temos sempre uma desculpa para chegar 5 minutinhos atrasados, medida de tempo fantástica que varia aleatoriamente entre 30 segundos e 3 horas, mas ficamos enfadados se os outros não cumprem os horários…

Adoramos a sensação de dar o golpe numa fila, receber troco a mais ou descobrir na caixa que por erro do código de barras pagamos menos do que o valor real…

Julgamos que o nosso trabalho é o mais importante e que somos muito eficientes e esforçados, assim como desconfiamos que a maioria dos outros pouco ou nada fazem e recebem demasiado...

Temos dos mais baixos índices de leitura da Europa com a agravante dos três jornais desportivos e as revistas cor de rosa serem os mais vendidos diariamente…

Somos especialistas no combate aos incêndios no verão, expert´s em planeamento urbano nas cheias do inverno, procuradores a investigar e logo de seguida juízes aplicando penas quase sempre pesadas nos casos mais mediáticos…

Apregoamos que o país está muito mal mas no dia das eleições ficamos em casa ou votamos de forma dogmática sempre nos mesmos…

Assim também é difícil…

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Abstenção…

Todos os partidos temem-na e dizem-se sempre prontos para a combater.

O país atravessa uma das maiores crises dos últimos anos fruto da conjuntura internacional e das políticas macroeconómicas e sociais erráticas seguidas nos últimos 16anos.

Multiplicam-se os casos de corrupção envolvendo políticos ou ex-governantes.

Com a excepção de um deputado o Parlamento aprova por unanimidade uma alteração à lei do financiamento partidário que na prática facilita a corrupção e deixa de impedir que as campanhas possam dar lucro, aumentando assim a parcela das contribuições públicas.

O Tribunal de Contas afirma que não tem meios para aferir se a lei do financiamento dos partidos é respeitada por estes.

O mesmo Tribunal de Contas na mesma linha confessa que não analisa a declaração de rendimentos dos titulares de cargos públicos, também por falta de meios.

Os partidos ao fim de um ano ainda não chegaram a acordo sobre a nomeação do Provedor de Justiça, cuja função é defender os cidadãos.

Nenhum caso judicial importante chega ao fim, por arquivamento devido a falta de provas ou por prescrição. O cidadão comum não acredita na justiça.

O Ministério Público queixa-se que não tem os meios necessários para combater o crime.

As posições partidárias estão tão extremadas que mesmo numa altura de crise em que o país mais precisa o diálogo parece impossível.

Os governantes usurpam as suas funções com total desrespeito pela organização, independência e profissionalismo dos organismos e funcionários públicos.

Os partidos e os governantes não se regem pelas mesmas obrigações dos restantes cidadãos.

Assim é muito difícil…

domingo, 10 de maio de 2009

Energia Solar...

"Situada no deserto da Austrália, esta fábrica de energia solar será a mais alta construção do mundo e também a mais ambiciosa obra para gerar electricidade a partir de uma fonte não poluente.

O maior projecto de produção de energia solar do planeta está a ser construído em Mildura, no meio do deserto australiano.Uma torre de 1 km de altura por 130 m de diâmetro, que será a mais alta construção do mundo quando ficar pronta, em 2009.

Será erguida no centro de um imenso painel solar, de 20 km quadrados. Se tudo correr como o previsto, o calor gerado pelo painel formará uma corrente de ar de até 50 km/h na enorme chaminé, o bastante para movimentar 32 turbinas, gerar 200 megawatts de energia e abastecer até 1 milhão de pessoas.

O gigantismo do projecto dá uma ideia de quanto as fontes renováveis, como o sol e os ventos, começam a merecer atenção e a tornarem-se viáveis.

O filme dura 02:41 e vale a pena ser visto."

segunda-feira, 4 de maio de 2009

domingo, 3 de maio de 2009

Are you better off now that you were four years ago?

Foi recentemente tornado público que Nuno Oliveira será novamente candidato à presidência da junta de freguesia de Avintes.

Esta candidatura resulta da conjugação cronológica de três factores fundamentais: a disponibilidade e vontade do próprio, a confiança e apoio do núcleo ao candidato e a aprovação e entusiasmo da concelhia à proposta do núcleo.

Nuno Oliveira dirige o Parque Biológico de Gaia desde 1983 e o seu curriculum é conhecido de todos.

Mesmo os seus adversários lhe reconhecem competência, experiência e conhecimentos mais do que suficientes para desempenhar o cargo de presidente da junta de freguesia de Avintes.

À quatro anos Nuno Oliveira foi desafiado em cima da hora para formar uma lista e teve que debater-se com um partido fragmentado e profundamente dividido, duas listas de independentes maioritariamente formadas com pessoas da órbita do psd e também a inexperiência da sua lista. Ainda assim aquela lista consegui o 2º melhor resultado de sempre do partido.

Outro facto de registo é que o programa de candidatura em 2005 constituiu uma verdadeira pedrada no charco, pois consegui identificar e sintetizar a maioria dos problemas da freguesia e em simultâneo indicar as soluções. Mais do que um programa para uma legislatura constituiu um“Livro Branco”de Avintes que deveria nortear o planeamento e as políticas da freguesia a médio prazo independentemente dos conjecturas eleitorais.

Em quatro anos Avintes pouco ou nada mudou e isso deve-se fundamentalmente à opção do presidente da junta em sobrepor os interesses partidários aos da freguesia nomeadamente no processo da EDP. Este episódio logo no início da legislatura marcou tristemente este mandato e uma vez mais a freguesia ficou prejudicada fruto das opções pessoais e de fidelidade partidária do presidente da junta.

Assim manifesto publicamente o meu apoio à candidatura de Nuno Oliveira e novamente estarei ao seu lado na defesa dos interesses de Avintes.

Post Scriptum – à quatro anos fui convidado por Nuno Oliveira para integrar a sua lista e agora em conjunto com outros empenhei-me activamente para que fosse novamente candidato pois reconheço-lhe capacidade para ser o presidente que Avintes precisa.