domingo, 11 de abril de 2010

cubos, paralelos & passatempos...

Ainda no seguimento do post anterior e dado que por uma questão de princípio e de ética não recorro a certos expedientes para ter acesso, indevido, a informações oficiais ou não, prefiro reforçar aquilo que afirmei, recuperando um post deste blog datado de 04 de Janeiro de 2009:


Hoje em dia já ninguém tem dúvidas que no futuro os recursos disponibilizados para as autarquias tenderão a ser insuficientes face às expectativas das populações e às obrigações sociais, patrimoniais e culturais daquelas.


Estes constrangimentos que agora começamos a perceber e acima de tudo a assimilar após anos de avisos resultam da má gestão dos recursos públicos e de um exagerado nível de endividamento da sociedade portuguesa em geral face à riqueza efectivamente produzida pelo país.



Se Portugal não for capaz de mudar muito rapidamente o seu paradigma de desenvolvimento sentiremos na pelas medidas de austeridade que nos serão impostas pela União Europeia com soluções que cortam a direito sem apelos nem preocupações pelas injustiças e/ou necessidades pontuais.

No mesmo sentido também não é razoável deixar para as gerações futuras os encargos e as responsabilidades por políticas e soluções erradas que apenas visam o benefício imediato e conjectural.

Esta introdução serve para contestar uma das últimas ideias da Junta de Freguesia, a substituição dos paralelos por betuminoso na rua da Escola Central.

Não me move qualquer sentimento nostálgico e nem sequer pertenço a qualquer associação de defesa do paralelo ou cubo de granito ou algo que se pareça.
 Também nem questiono, para já, que a Junta de freguesia pretenda financiar a obra em parte através da venda dos paralelos o que será um negócio pouco claro e que não defende o interesse público, mas estas suspeitas ficam para depois.

Acima de tudo dificilmente alguém pode deixar de concordar que:


- Os paralelos podem durar até 400 anos com um baixo custo de manutenção;


- O betuminoso carece de recargas de 4 em 4 anos.

Hoje em dia Avintes apresenta uma rede viária num estado calamitoso e indigno como são exemplos a Rua da Corredoura, Rua Mário Mendes da Costa, Rua da Balsa, Viela da Balsa e Rua de Gradouro. Por acaso todas estas ruas são em betuminoso, na verdade algumas delas já só se podem ver alguns vestígios… Mas não são apenas as estradas em betuminoso e poderia continuar com dezenas de exemplos de outras ruas e vielas.

Os argumentos para o estado a que chegamos é que não existem recursos nem disponibilidade financeira para fazer face a estas necessidades.


No entanto para a Junta de freguesia o importante é gastar o pouco dinheiro que existe em estradas que até estão num estado muito razoável, o que não quer dizer que também não careçam de alguma manutenção, trocar os paralelos por betuminoso o que vai fazer subir os custos de manutenção no futuro e fazer mais uma negociata com a venda dos cubos de granito.

A minha opinião não é politicamente correcta e em ano de eleições é até contraproducente mas não posso pactuar ainda que por silêncio com decisões erradas que afectam prejudicialmente o presente e o futuro da freguesia.

Esta é a minha posição, escrita pelas minhas palavras de uma forma clara, objectiva, sem omissões e não está truncada, descontextualizada ou indevidamente interpretada.

Enganam-se aqueles que procuram divisões ou intrigas como forma de passar o tempo pois o actual Executivo da Junta de Freguesia, os Eleitos da coligação Avintes na Frente na Assembleia de Freguesia, o Deputado da coligação Gaia na Frente na Assembleia Municipal e os seus apoiantes não se desviam dos compromissos nem dos objectivos.

1 comentário: