Foram estas as palavras do então Brigadeiro Passos de Esmeriz, no Porto em Maio de 1974, sobre as 4 concepções do MFA:
"1ª - O propriamente dito Movimento Militar, que pôs termo ao regime político vigorante e que, com fundamento no seu programa, visou construir e fazer perdurar um democrático Estado de Direito;
2ª - O espírito obrigatoriamente presente no seio das Forças Militares, com vista a conduzir à prossecução do objectivo da 1ª concepção e garantir a plenitude das essenciais finalidades do dito Programa;
3ª - A obrigatória intencionalidade de expandir, consolidar e fortalecer o espírito da 2ª concepção entre a generalidade dos efectivos militares (participantes na 1ª concepção e mais dos que nas fileiras se seguiram) de forma a assegurar a continuidade da prática desse espírito;
4ª - O restrito grupo de militares que, de forma saliente e efectiva, lançaram a proposição do Movimento, o gizaram e o prepararam e que, activamente e com evidência, concretamente tomaram parte, materialmente, na execução da 1ª concepção.
E, aqui findam aquelas que, julgo, unicamente deverão - e poderão - ser as concepções do MFA.
Acrescentam-se ainda 2 Notas à 4ª concepção:
I - Aos considerados na 4ª concepção não deverão caber benesses e privilégios especiais e extraordinários, igualando-se eles aos outros em direitos com acréscimo, pela sua qualidade, da responsabilidade na elevação da 2ª concepção e nos trabalhos exigidos pela 3ª concepção;
II - Se os mesmos componentes exorbitarem da sua justa qualidade e se transformarem em factor de consequente mando vanguardista e revolucionarista, mancharão a nobreza da 1ª concepção , serão destruídos como o são os filhos da Revolução e arriscar-se-ão, no futuro, a serem considerados párias na sociedade."
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