Excertos de uma entrevista recente a António Horta Osório, presidente executivo do Abbey National Bank, sobre as medidas para fazer frente à actual crise:
Empresas, “…num ambiente de liquidez escassa e com riscos de deflação, as empresas deverão evitar depender demasiado de capitais alheios, flexibilizar a sua estrutura de custos e, se possível, reorientar-se para produtos e serviços exportáveis”.
Famílias, “…aumentar os níveis de poupança para diminuir gradualmente a excessiva dívida das famílias, e trabalhar mais ou melhor para manter o nível de vida”.
Liderança, “…o maior problema é a imprevisibilidade do futuro próximo que obriga a que as lideranças estejam mais atentas de forma a manter a capacidade de flexibilidade permitindo decisões contingentes em função de ocorrências imprevistas no curto prazo e em simultâneo se preparem para explorar as oportunidades do pós-crise…”.
Embora um país não seja nem uma empresa nem uma família, estes objectivos deveriam nortear os princípios básicos da política do governo na actual conjuntura de dificuldades.
Infelizmente, uma parte significativa das acções deste governo estão orientadas em sentido contrário senão vejamos:
-aumento brutal e incontrolável do endividamento do país;
-focalização nos mega investimentos do tgv e aeroporto que desviam recursos de áreas mais produtivas e capazes de gerar economias de escala;
-frenesim insaciável em apoios e subsídios muitas vezes sem qualquer critério ou justificação;
-visão imediatista do problema apostando todos os recursos internos e créditos externos no presente restringindo ou limitando acções futuras caso a crise não seja resolvida no curto prazo;
O PM afirma muitas vezes que esta é uma crise one in a lifetime e que a sua resolução não vem nos livros…
Pois se fosse só copiar seria fácil, mas não chega vontade é também preciso muita capacidade...
Assim se percebe a desorientação e os erros graves que estão a ser cometidos por este governo.
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