Este ano teremos três eleições, europeias, legislativas e autárquicas. Em teoria estas seriam respectivamente em Junho, Setembro e Outubro. No entanto ainda nada está definido e no limite, embora seja pouco provável, até poderiam coincidir todas no mesmo dia.
Parece consensual que o país esta numa encruzilhada e o momento é um dos mais críticos da sua história recente.
A desvalorização da moeda, a politica de mão de obra barata e intensiva, o capital do FMI, as comparticipações e financiamentos da União Europeia, o dinheiro fácil da especulação imobiliária, um estado ineficaz, desorganizado e permeável à corrupção à sombra do qual muitos beneficiam e prosperam. Parte do desenvolvimento(aparente ou a falta dele) do país tem sido conseguido à custa deste tipo de expediente ao longo dos último anos.
Portugal é viável e tem sobrevivido porque também existem portugueses, empresas, organizações e associações com seriedade, princípios, valores, competitivas interna e externamente, competentes, responsáveis, organizadas e independentes que equilibram e corrigem parte da ineficácia e despesismo da outra face.
Estas diferenças não significam obviamente que o país esteja dividido entre os bons e maus, entre branco e preto, verdade e mentira ou ainda entre crentes e infiéis. Na realidade espelham a verdadeira natureza ambígua dos portugueses: capazes do melhor e do pior separados apenas por um simples piscar de olhos.
Vivemos balançando desorganizadamente entre um lado e o outro com aparente despreocupação, mas como disse acima estamos numa altura de decisões e de começarmos a definir qual a direcção que queremos para o país.
A decisão está em cada um de nós e será o resultado do seu comportamento pessoal, profissional, social, cívico e cultural.
Votar é por excelência uma hipótese de contribuir para o rumo que pretendemos. É mais fácil não tomar decisão e depois responsabilizar quem a tomou e em alturas complexas e difíceis ainda mais apetecível é esta hipótese.
Assumamos o dever e a responsabilidade de lutar por aquilo em que acreditamos.
Assim apelo a todos que pesem as diferenças, que digam qual o rumo que pretendem, que escolham ou seja que votem!!!
Recordo-me que nas últimas eleições em Avintes dezenas de pessoas quiseram votar e não puderam porque ainda não estavam recenseadas, essencialmente jovens e novos habitantes.
O recenseamento é muito simples e rápido mas só é possível até dois meses antes de cada eleição.
Links com informações úteis sobre o recenseamento eleitoral:
http://www.recenseamento-eleitoral.stape.pt/cgi-bin/stape/
http://www.portaldocidadao.pt/PORTAL/entidades/MAI/DGAI/pt/SER_inscricao+no+recenseamento+eleitoral.htm
http://www.recenseamento-eleitoral.stape.pt/cgi-bin/stape/PDFDownload.html
eu se morasse em avintes recenseava-me já! ;>
ResponderEliminarNão é possivel colocar os links com ligação imediata aos respectivos sites?
ResponderEliminarF. Flores
Caro Marco,
ResponderEliminarEste ano essa situação já não deve ocorrer, devido às novas regras do recenseamento. Este deixa de ser realizado pela Junta, uma vez que passa a ser automático (com emissão do Bilhete Identidade ou Cartão de Cidadão).
Todos cidadãos portugueses maiores de 17 anos passam a estar incluídos na BDRE (Base Dados de Recenseamento Eleitoral), o que faz com que possam votar de forma imediata.
No site da Junta existe esta informação de forma detalhada.
O simplex chegou à junta :>
ResponderEliminarEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminareste blog tá mto fraquito
ResponderEliminarentao o governo aprova ajustes directos até 5M€ (sim, pq em ano de eleições n há tempo a perder com burocracias supérfulas rsrsrs) e aqui ainda se fala se ha ou nao ha recenseamento na junta?!
Caro Ohcaptain,
ResponderEliminarAprovou o Governo e o principal partido da oposição nada fez e nada disse, sabe porquê? Porque a medida abrange o poder autárquico, no qual o PSD é maioritário. Em ano de eleições e com muita obra pela frente.
Aconselho uma visita a este site: www.transparência-pt.org, nele encontram-se todos os ajustes directos feitos pelas nossas autarquias. É serviço público saber a quem e por quanto se andam a "dar" serviços por este país.
caro bruno
ResponderEliminarn estou a perceber o seu raciocínio: nao se falou aqui desse facto por a sua aplicação tambem abranger/benificiar o PSD?
este é um blog isento, no qual se observam comentários perfeitamente transversais ao espectro político :>
Caro Buno,
ResponderEliminarConcordo consigo quando refere que os partidos da oposição, em especial o PSD, deveriam ter sido mais enérgicos em denunciar a alteração dos montantes por ajuste directo. Mas é também é preciso esclarecer que o Governo pediu um parecer à associação dos municipios, presidida por Fernando Ruas presidente da CMViseu, o qual foi negativo.
Mas voltando à questão de fundo, esta medida é apenas mais uma num num conjunto de procedimentos eleitoralistas perfeitamente escandalosos que este governo tem tomado nos últimos meses sob o falso pretexto de combate à crise. Portugal vai pagar bem caro estes devaneios eleitoralistas que vão ocorrer este ano com as três eleições. Só como exemplos: ajustes directos, injectar capital em empresas sem qualquer tipo de viabilidade,construção de várias scuts(as anteriormente assim denominadas)talvez com a excepção da ligação de Vila Real a Bragança; o tgv para Madrid, o aeroporto de alcochete em uma única fase, o tgv em alternativa à alta velocidade; descontrolo do deficit público(que será muito mais elevado pois estão previstas receitas completamente irrealistas face ao crescimento económico; o aumento do endividamento público; a venda ao desbarato de bens do estado(está prevista em orçamento a maior receita de sempre nesta área), etc...
pois, isso de injectar montantes significativos na economia tem mto q se lhe diga
ResponderEliminarqd vemos o governo bush (liberal qb) a injectar quantidades brutais em empresas privadas, pervertendo totalmente os principios de liberalismo e funcionamento livre do mercado... está tudo baralhado.
o problema nao é (tanto) injectar dinheiro no mercado, mas fazê-lo sem qualquer critério e em empresas que, sejamos claros, nao têm qualquer hipótese de prosperar, sequer de existir.
um caso clarissimo são as faianças rafael bordalo pinheiro
quanto ao deficit, a perspectiva agora é outra! :)
a julgar pelos nossos pares mais poderosos da europa, hoje em dia deixar o deficit ultrapassar largamente o limite imposto pelo pacto de estabilidade é sinal de ousadia e pensamento liberal ;)