sábado, 17 de janeiro de 2009

Recenseamento Eleitoral

Este ano teremos três eleições, europeias, legislativas e autárquicas. Em teoria estas seriam respectivamente em Junho, Setembro e Outubro. No entanto ainda nada está definido e no limite, embora seja pouco provável, até poderiam coincidir todas no mesmo dia.

Parece consensual que o país esta numa encruzilhada e o momento é um dos mais críticos da sua história recente.

A desvalorização da moeda, a politica de mão de obra barata e intensiva, o capital do FMI, as comparticipações e financiamentos da União Europeia, o dinheiro fácil da especulação imobiliária, um estado ineficaz, desorganizado e permeável à corrupção à sombra do qual muitos beneficiam e prosperam. Parte do desenvolvimento(aparente ou a falta dele) do país tem sido conseguido à custa deste tipo de expediente ao longo dos último anos.

Portugal é viável e tem sobrevivido porque também existem portugueses, empresas, organizações e associações com seriedade, princípios, valores, competitivas interna e externamente, competentes, responsáveis, organizadas e independentes que equilibram e corrigem parte da ineficácia e despesismo da outra face.

Estas diferenças não significam obviamente que o país esteja dividido entre os bons e maus, entre branco e preto, verdade e mentira ou ainda entre crentes e infiéis. Na realidade espelham a verdadeira natureza ambígua dos portugueses: capazes do melhor e do pior separados apenas por um simples piscar de olhos.

Vivemos balançando desorganizadamente entre um lado e o outro com aparente despreocupação, mas como disse acima estamos numa altura de decisões e de começarmos a definir qual a direcção que queremos para o país.

A decisão está em cada um de nós e será o resultado do seu comportamento pessoal, profissional, social, cívico e cultural.

Votar é por excelência uma hipótese de contribuir para o rumo que pretendemos. É mais fácil não tomar decisão e depois responsabilizar quem a tomou e em alturas complexas e difíceis ainda mais apetecível é esta hipótese.

Assumamos o dever e a responsabilidade de lutar por aquilo em que acreditamos.

Assim apelo a todos que pesem as diferenças, que digam qual o rumo que pretendem, que escolham ou seja que votem!!!

Recordo-me que nas últimas eleições em Avintes dezenas de pessoas quiseram votar e não puderam porque ainda não estavam recenseadas, essencialmente jovens e novos habitantes.

O recenseamento é muito simples e rápido mas só é possível até dois meses antes de cada eleição.

Links com informações úteis sobre o recenseamento eleitoral:

http://www.recenseamento-eleitoral.stape.pt/cgi-bin/stape/
http://www.portaldocidadao.pt/PORTAL/entidades/MAI/DGAI/pt/SER_inscricao+no+recenseamento+eleitoral.htm
http://www.recenseamento-eleitoral.stape.pt/cgi-bin/stape/PDFDownload.html

12 comentários:

  1. eu se morasse em avintes recenseava-me já! ;>

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  2. Não é possivel colocar os links com ligação imediata aos respectivos sites?
    F. Flores

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  3. Caro Marco,

    Este ano essa situação já não deve ocorrer, devido às novas regras do recenseamento. Este deixa de ser realizado pela Junta, uma vez que passa a ser automático (com emissão do Bilhete Identidade ou Cartão de Cidadão).
    Todos cidadãos portugueses maiores de 17 anos passam a estar incluídos na BDRE (Base Dados de Recenseamento Eleitoral), o que faz com que possam votar de forma imediata.

    No site da Junta existe esta informação de forma detalhada.

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  7. este blog tá mto fraquito
    entao o governo aprova ajustes directos até 5M€ (sim, pq em ano de eleições n há tempo a perder com burocracias supérfulas rsrsrs) e aqui ainda se fala se ha ou nao ha recenseamento na junta?!

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  8. Caro Ohcaptain,

    Aprovou o Governo e o principal partido da oposição nada fez e nada disse, sabe porquê? Porque a medida abrange o poder autárquico, no qual o PSD é maioritário. Em ano de eleições e com muita obra pela frente.
    Aconselho uma visita a este site: www.transparência-pt.org, nele encontram-se todos os ajustes directos feitos pelas nossas autarquias. É serviço público saber a quem e por quanto se andam a "dar" serviços por este país.

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  9. caro bruno
    n estou a perceber o seu raciocínio: nao se falou aqui desse facto por a sua aplicação tambem abranger/benificiar o PSD?
    este é um blog isento, no qual se observam comentários perfeitamente transversais ao espectro político :>

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  10. Caro Buno,
    Concordo consigo quando refere que os partidos da oposição, em especial o PSD, deveriam ter sido mais enérgicos em denunciar a alteração dos montantes por ajuste directo. Mas é também é preciso esclarecer que o Governo pediu um parecer à associação dos municipios, presidida por Fernando Ruas presidente da CMViseu, o qual foi negativo.
    Mas voltando à questão de fundo, esta medida é apenas mais uma num num conjunto de procedimentos eleitoralistas perfeitamente escandalosos que este governo tem tomado nos últimos meses sob o falso pretexto de combate à crise. Portugal vai pagar bem caro estes devaneios eleitoralistas que vão ocorrer este ano com as três eleições. Só como exemplos: ajustes directos, injectar capital em empresas sem qualquer tipo de viabilidade,construção de várias scuts(as anteriormente assim denominadas)talvez com a excepção da ligação de Vila Real a Bragança; o tgv para Madrid, o aeroporto de alcochete em uma única fase, o tgv em alternativa à alta velocidade; descontrolo do deficit público(que será muito mais elevado pois estão previstas receitas completamente irrealistas face ao crescimento económico; o aumento do endividamento público; a venda ao desbarato de bens do estado(está prevista em orçamento a maior receita de sempre nesta área), etc...

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  11. pois, isso de injectar montantes significativos na economia tem mto q se lhe diga
    qd vemos o governo bush (liberal qb) a injectar quantidades brutais em empresas privadas, pervertendo totalmente os principios de liberalismo e funcionamento livre do mercado... está tudo baralhado.

    o problema nao é (tanto) injectar dinheiro no mercado, mas fazê-lo sem qualquer critério e em empresas que, sejamos claros, nao têm qualquer hipótese de prosperar, sequer de existir.
    um caso clarissimo são as faianças rafael bordalo pinheiro

    quanto ao deficit, a perspectiva agora é outra! :)
    a julgar pelos nossos pares mais poderosos da europa, hoje em dia deixar o deficit ultrapassar largamente o limite imposto pelo pacto de estabilidade é sinal de ousadia e pensamento liberal ;)

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