domingo, 15 de março de 2009

Sócrates de 0 a 20

Exercício simples de registar e avaliar os quatro anos deste governo numa simples escala do melhor ao pior:

20- Investimentos na modernização das escolas, barragens e energias renováveis
19- Presidência da União Europeia e Política Externa
18- Espírito reformista inicial
17- Assunção do deficit real e objectivo de o reduzir
16- Programa Simplex
15- Estabilidade governativa e relacionamento institucional, no início, com o PR
14- Redução do Iva
13- Objectivos do Pacote de Austeridade
12- Orientação e firmeza inicial da ministra da educação
11- Política da Saúde de Correia de Campos, parte dela
10- Voluntarismo e algumas medidas no combate à crise

09- Nacionalização do BPN e BPP. Apoio desproporcionado às grandes empresas em detrimento das PME´s
08- Inoperância dos ministérios do Ambiente, Cultura e Agricultura
07- Obsessão pela imagem, mediatismo e propaganda. Ânsia em controlar a comunicação social
06- OTA, TGV, investimentos nas auto-estradas e quase tudo que tem assinatura de Mário Lino
05- Promessas por cumprir no emprego, crescimento e saúde
04- Flagrante falha de resultados das Reformas, PRACE, Administração Pública, etc
03- Descredibilização da Justiça. Aumento da criminalidade. Controlo governativo na investigação criminal. Corrupção
02- Peso excessivo do estado. Crescente intervencionismo do estado na economia e na sociedade
01- Redução do deficit pelo lado da receita e aumento da despesa primária. Endividamento do estado e do País
00- Instrumentalização do estado ao serviço do governo e do partido. Violações à democracia e ao estado de direito
-01- Trapalhadas do PM nos processos da independente, freeport, compra de imóveis, licenciamentos, etc


Mas para ser ainda mais sintético:

Magalhães, numa única palavra é o que melhor caracteriza este governo e o PM.

Parecia uma excelente ideia, foi propagandeado com pompa e circunstância por cá e além fronteiras, inovador e tecnológico, nacional e criador de emprego, para ricos e pobres, sem custos para os utilizadores e contribuintes, etc, etc.

Afinal a ideia era copiada de outros países, a empresa que o produz foi escolhida sem concurso público e tem dívidas ao estado, por agora só acessível a alguns, governo e câmaras não se entendem quem fica com os encargos, o software é importado, multiplicam-se os erros e bug´s nas traduções e em programas…

Parecia muito melhor do que aquilo que saiu...

4 comentários:

  1. O Magalhães foi uma iniciativa fantástica (period). E, obviamente, usada e abusada pela propaganda ao governo.
    Independentemente da origem da ideia, dos erros do software, do tempo em chegar a todos, fica o essencial: os dividendos directos e indirectos que o país tirará, a todos os níveis, em disponibilizar a crianças de tenra idade a possibilidade de ter um computador pessoal, e tudo o que isso potencia.
    Se pensarmos um pouco isso é incomensurável.
    Isso é a medida, o resto são fait divers.

    ResponderEliminar
  2. Excelentes notas e classificação, embora discorde de três notas positivas: a política de saúde de Correia de Campos é responsável por um maior isolamento do interior. O fecho das maternidades atentou contra a igualdade de oportunidades e acesso às mesmas condições de saúde dos portugueses; a estabilidade governativa não foi alcançada, o PS adoptou, muitas vezes, uma postura arrogante para com o PR e no seio da bancada parlamentar houve sempre vozes discordantes face à política de Sócrates; por último a teimosia da Ministra da Educação é responsável pela deteorização das condições de ensino em Portugal. Desrespeitou os professores, encorajou o facilitismo nas escolas e criou um concurso que colocará milhares de professores no desemprego e muitos alunos sem aulas no início do ano lectivo.

    No que diz respeito ao "magalhães" deixo aqui apenas uma nota em relação aos possíveis dividendos que o país poderá obter desta medida: oferecer computadores a crianças de 6 anos é incentivar a sua utilização e tornar as crianças dependentes desta ferramenta. Saberão as crianças escrever à mão? Ou tornar-se-ão iliteradas nesse aspecto? Cá para mim, numa visão tradicionalista, tudo têm o seu tempo. E já agora, alguém pensou nas protecções de ecrã para estes computadores? Ou poderão as crianças ficar vidradas ao pc e começar a usar óculos desde tenra idade?
    Abraço

    ResponderEliminar
  3. já agora, o BPP nao foi nacionalizado.
    Isso queria o AFA e seus clientes, mas o Teixeira dos Santos n foi nessa! ;>
    ... thank god!

    ResponderEliminar